Concorrência

De Aulas
Revisão de 20h22min de 18 de setembro de 2020 por Admin (discussão | contribs) (→‎Proteção do Sistema)
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)

Conteúdo integrante da disciplina de Sistemas Operacionais

Introdução

  • Possibilidade de periféricos e dispositivos funcionarem simultaneamente junto com a CPU permitiu execução de tarefas concorrentes.
  • Sistemas Operacionais podem ser vistos como um conjunto de rotinas que executam concorrentemente de uma forma ordenada
  • Sistemas multiprogramáveis X baixa utilização dos recursos do sistema.
  • Uso Médio CPU – monoprogramáveis 30% X multiprogramáveis 90%.
  • Vários programas podem estar residentes na memória, deixando-a menos ociosa
  • Quando um programa perde o uso do processador, o estado do processamento deve ser armazenado para quando ele retornar para continuar executando a partir de onde parou.
  • Compartilhamento de periféricos e recursos do sistema por vários usuários e programas.
  • Maior compexibilidade do Sistema Operacional.
SO concorrencia mono vs multi.png

Interrupção e Exceção

SO concorrencia interrupcao e excecao.png

Interrupção X Exceção

  • Interrupção gerada por evento síncrono e Exceção gerada por evento assíncrono.
  • Evento síncrono: Resultado direto da execução do programa corrente e são previsíveis.
  • Evento assíncrono: Ocorre independentemente da execução do programa corrente e são imprevisíveis.

Interrupções

  • Tornou possível a implementação da concorrência nos sistemas multiprogramáveis.
  • Eventos que causam intervenção no Sistema Operacional durante a execução de programas.
  • Gerados pelo próprio Sistema Operacional ou por Hardware.
  • O sistema é desviado para uma rotina especial de tratamento.
  • Vetor de Interrupção: Relação de todas as rotinas de tratamento das interrupções.
  • Mecanismo de Interrupção: Procedimento para detectar a interrupção, salvar o contexto do programa e desviar para a rotina de tratamento. Na maioria das vezes implementados pelos projetistas e realizados pelo harware.
  • Mascaráveis (podem ser desabilitadas) X Não-Mascaráveis (tratamento obrigatório).
  • As interrupções possuem prioridades de execução.
  • Controlador de pedidos de interrupção – avalia as interrupções geradas e suas prioridades de atendimento.

Exceções

  • Resultado direto da execução de uma instrução do próprio programa (ex: divisão por zero, overflow).
  • Muitas vezes pode ser escrita pelo próprio programador, sendo possível evitar que um programa seja encerrado no caso de alguma exceção ocorrer.

Operações de Entrada/Saída

Instruções de entrada/saída

  • Primitivo.
  • Comunicação entre a CPU e os periféricos controladas por um conjunto de instruções especiais.
  • Limitava a comunicação do processador a um conjunto particular de dispositivos.

Controlador de Interface

  • Mais atual
  • CPU interage independente dos dispositivos de E/S.
  • CPU não comunica diretamente com periféricos, mas atravéz de um controlador.
  • Controle de operações de E/S pelo processador
So concorrencia controlador interface.png

Controlada por programa

  • CPU sincronizada com periférico no início daoperação
  • Sistema testa periférico esperando final da operação
  • Ocupa CPU até término da operação (busy wait)
  • Desperdício de CPU.

Por Polling

  • CPU liberada para outras tarefas.
  • Controlador testa final da operação a cada período de tempo (polling).
  • Permitiu o paralelismo e sistemas multiprogramáveis.
  • Mais eficiente

Direct Memory Access (DMA)

  • Polling exigiu a implementação, por parte do controlador, da Direct Memory Access (DMA).
  • Transferir blocos de dados entre memória e periféricos, sem intervenção da CPU, a não ser no início e término da operação.
  • CPU interrompida só no início e final da Operação.
  • No momento da Transferência da DMA, CPU interrompe acesso ao bus.
SO concorrencia dma.png

No IBM 7094

  • Extensão do conceito de DMA
  • Canal de E/S – processador para executar programas de E/S.
  • Controle total sobre operações de entrada e saída.
  • Instruções E/S armazenadas na memória principal pela CPU
  • CPU instrui canal para executar programa de canal.
  • O canal avisa o término da operação.
  • Um canal pode controlar múltiplos dispositivos através de diversos controladores.
  • Um controlador pode manipular um dispositivo, ou um conjunto de dispositivos.
  • Canal - ligação entre CPU e controlador.
SO concorrencia ibm7094.jpg

Processador de E/S

  • Evolução com memória própria.
  • Sem necessidade de programas de E/S serem carregados na Memória Principal.
  • Controle com mínima intervenção da CPU.
SO concorrencia canal entrada saida.png

Buffering

  • Utilização de uma área da memória para transferência de dados entre periféricos e memória principal denomidada buffer.
  • Os dado são transferidos para o buffer.
  • O dispositivo pode iniciar nova leitura enquanto a CPU manipula os dados do buffer.
  • O mesmo pode ser aplicado para operações de gravação.
  • Minimiza o problema da disparidade da velocidade de processamento e dispositivos de E/S
  • Objetiva manter CPU e dispositivos de E/S ocupados na maior parte do tempo.
  • O buffer possui uma fila FIFO podendo conter vários registros (unidade de transferência usada no mecanismo de buffering).
SO concorrencia buffering.png

Spooling (simultaneous pefipheral operation on-line)

  • Surgiu no final dos anos 50.
  • Base dos Sistemas Batch
  • Antes, as Operações I/O eram lentas, deixando a CPU ociosa.
  • No spooling vários programas (JOBS) eram armazenados em uma fita magnética, então eram enviados para processamento.
  • Diminuição do tempo de execução dos jobs e transição entre eles.
  • Da mesma forma um job poderia direcionar as saídas para impressora para outra fita.
  • Sistemas estritamente sequenciais devido as fitas magnéticas.
  • Mais eficiência com o surgimento de dispositivos de acesso direto, como discos e atribuição de prioridades aos jobs.
SO concorrencia spooling.png

Reentrância

  • Diversos usuários podem estar rodando o mesmo utilitário (compartilhado) simultaneamente.
  • Não precisa ter mais de uma cópia do mesmo utilitário na memória
  • Exige que o código reentrante não possa ser modificado por nenhum usuário enquanto está sendo executado.
  • Diversos usuários podem acessar partes diferentes do código manipulando seus próprios dados
  • Exemplo: Editores de texto, compiladores, linkers.
SO concorrencia reentrancia.png

Proteção do Sistema

  • Garantia de proteção de recursos compartilhados, como memória, dispositivos de E/S e CPU
  • Na memória, cada usuário deve possuir uma área de dados e códigos armazenados de forma que outros não interfiram nessas informações.
  • Numa impressão, não deve ser possível a utilização até que a impressão corrente termine.
  • O Sistema Operacional deve implementar esses mecanismos (modos de acesso).

Lista de Exercícios

Formulário

  1. Defina Sistemas Multiprogramáveis e cite suas principais características.
  2. Diferencie Interrupções de Exceções.
  3. Descreva o mecanismo de interrupção.
  4. O que é controlador de interface e diferencie o controle de operações de E/S controlada por programa e por polling.
  5. Cite algumas características que apareceram com o surgimento do DMA, com o IBM 7094 e o Processador de E/S.
  6. O que é a técnica buffering em relação ao Sistema Operacionais e dispositivos, qual a função do buffer e como funciona?
  7. Defina a técnica de Spooling em relação aos Sistemas Operacionais e dispositivos.
  8. Explique o que é a Reentrância, cite e explique alguns exemplos.